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TÍTULO – PROIBIDA PARA O MEU CHEFE

2025 1ª Edição

Arte da Capa – ILB Novel

Revisão – ILB

Diagramação: Daiana Morais

Registro na Biblioteca Nacional

1ª Edição – 2022

Todos os direitos reservados.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora.

Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização dos autores.

A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

Fotos da capa – Depositphotos

CAPÍTULO 1

ANELISE DE VRIES 

AMSTERDÃ – HOLANDA

 

Enquanto assisto a uma partida de hóquei em um camarote luxuoso no Stadium Amsterdã, tento me empolgar com o som dos patins cortando o gelo. Essa tentativa de me distrair serve apenas para tentar me afastar dos pensamentos relacionados aos graves problemas financeiros que atormentam minha família. Sentada em um canto isolado, ainda assim entre os convidados de alguns jogadores, afastada da família do meu namorado Joris que não me aceita, sinto-me como uma intrusa em um mundo que não é o meu. Então, entrelaço as mãos no colo, tentando esconder o tremor, mas percebo que meus dedos permanecem gelados, quase como se o frio se infiltrasse em mim. Para me distrair, volto meu olhar para Joris.

Como um verdadeiro astro, ele desliza pelo rinque com uma facilidade quase sobrenatural, batendo no disco com uma precisão que me deixa sem fôlego. Ágil e rápido, é ovacionado a cada acerto, e um enorme sorriso se abre em seu rosto, que frequentemente aparece no telão, como se o calor da torcida o envolvesse em um abraço. Quem não o conhece pode achar que ele está verdadeiramente feliz. Mas eu conheço Joris de uma forma mais profunda. Reconheço o brilho genuíno em seus olhos, assim como a sombra que às vezes o atravessa. E hoje, algo parece distraí-lo. A maneira como ele levanta a cabeça para a torcida, sorri e acena não me convence; é como se estivesse encenando. Será que isso se deve à conversa que tivemos ontem à noite durante o jantar em minha casa?

Joris estava mais distante do que o normal, mal lançou um olhar em minha direção e, quando o questionei até mesmo para saber se estava fazendo algo de errado, colocou toda a culpa de sua distração no campeonato. Mas ele me prometeu que, após a partida de hoje, me daria mais atenção. Mas, sinceramente, não sei se acredito. Algo não está certo.

“— Eu vou ser o namorado que você sempre sonhou. Aguenta mais um pouco, Anelise.”

Mesmo com as palavras dele ecoando em minha mente, a inquietação persiste. Alguns minutos depois, o jogo termina em uma vitória estrondosa. A torcida vibra, os jogadores comemoram, e Joris levanta os braços, sorrindo para as câmeras, como se fosse o centro do universo. Fico genuinamente feliz por ele, mas, à medida que a multidão começa a se dispersar, uma ansiedade começa a se formar dentro de mim.

Principalmente quando a mãe dele, a Sra. Marijke Dan, se aproxima de mim.

— Olá, Anelise. Você vai mesmo ficar para o coquetel? — Ela não deixa que eu responda e me olha de cima a baixo. — Não sei se te informaram, mas era necessário seguir o dress code. E sua roupa eu acho que não é muito apropriada, querida. Vou entender se você não puder ficar.

Eu respiro fundo e me coloco de pé.

— Por mim, eu realmente não fico para o evento. Mas Joris insistiu. O espaço onde acontecerá o coquetel é enorme; a senhora não precisa sequer se aproximar de mim. Tenha uma boa noite, Sra. Dam.

Ela ignora o que digo e o Sr. Dam se aproxima dela e nem olha em minha direção.

— Já te falei para não se estressar com esse namoro. Deixa o menino se divertir; Anelise é muito bonita e fica ótima nas fotos com ele. Depois, tudo se ajeita. Lembra da primeira namorada? Pois é, acabou. — Marijke dá risada. — Nosso campeão só está na idade de foder.

Não comigo. Joris nunca me tocou.

— É claro que eu me lembro. Pedi tanto a Deus por um livramento que a menina até foi embora do país. — Fico boquiaberta com o que ouço. Eles realmente acham que eu sou uma porta sem sentimentos, só pode. Pois sequer fazem questão de serem discretos.

Quando o Sr. e a Sra. Dam se afastam, decido permanecer sentada ainda no camarote, esperando que Joris tenha tempo para ir ao vestiário, trocar de roupa e voltar para me encontrar. Entretanto, meia hora se passa, e o camarote vai se esvaziando, até que o silêncio se torna meu companheiro. Agoniada por não saber esperar, decido deixar o local e sigo em direção ao vestiário. A minha entrada para a área restrita rapidamente é liberada por eu ser conhecida como a namorada de Joris.

Ao caminhar pelos corredores, o silêncio é quase palpável, exceto pelo barulho que os meus saltos fazem no chão, até que, ao me aproximar do vestiário, ouço risos abafados vindos de um canto mais afastado. Curiosa, caminho com cautela, mas sinto que os batimentos do meu coração aceleram a cada passo.

Então, para o meu desespero, ao chegar perto dos chuveiros, o que vejo me paralisa e o que ouço me deixa completamente arrasada. Joris está lá, encostado na parede, acompanhado de Jack, um outro jogador. Sem perceber minha presença, eles se entregam a um beijo apaixonado, tão envolvidos que seus corpos se colam com urgência, enquanto suas roupas começam a ser despidas, uma peça de cada vez. E pior ainda: eu não consigo me mover. É como se meu cérebro exigisse essa tortura para aceitar a cruel realidade que meus olhos estão testemunhando.

A verdade é que, a cada segundo que fico parada, observando a cena, sinto o chão sumir sob meus pés.

— Você tem que largar a ridícula da Anelise. Eu não gosto de dividir o que é meu, doggy[1]. — Jake e Joris, com os olhos fechados, se tocam, delirando de prazer e, entre gemidos, trocam palavras que me machucam.

— Ohhh delícia, Jack. — Eles se beijam rapidamente e depois, com as testas encostadas uma na outra, conversam. — E quem disse que você divide, my big dog[2]? Anelise é só uma amiga, namorada de fachada. A que me rende bons contratos. Eu até faço algumas publicidades com ela e passo algum dinheiro para que ela ajude a família fodida. Você sabe que, apesar de gostar também de mulheres, não sinto tesão por Anelise. Ela é linda, mas tão apagada. Sem falar que deveria frequentar mais a academia, praticar uns exercícios para diminuir as celulites e também deveria tratar as estrias.

Cada palavra é um golpe e uma dor profunda se espalha por mim, como uma mistura de raiva, tristeza e confusão. E para piorar, Joris repousa a cabeça no ombro de Jack e começa a distribuir beijos no pescoço dele. O que vejo só pode ser um pesadelo.

— Ou seja, você gosta de corpos bem musculosos, tipo o meu.

— Exatamente. — Jake sorri.

— Eu acredito, mas olha lá, hein. Promete que o seu gostosão nunca vai ser dela. — Jack estimula Joris.

— Nunca vai, eu juro. Não precisa ter ciúmes. — Jack gargalha.

— Eu tenho e assumo, doggy. Até porque é meio óbvio que você sente algo por ela. Pode me explicar o motivo de ter tantas fotos da cafona?

Eles se afastam, ainda alheios à minha presença, talvez porque eu tenha me tornado invisível de verdade.

— Não sei explicar. Como te falei, não tenho sequer uma faísca de desejo em mim em relação a Anelise, mas existe realmente algo que me paralisa. Talvez seja o rosto dela. Ela parece até um anjo ou uma pintura. Gosto da companhia dela. Não quero perder o que temos pra ninguém. Resumindo, ela é minha amiga. Apenas isso.

— Amiga não. É sua obsessão. Ela te lembra alguém importante?

— Shhh. — Joris repousa dois dedos nos lábios de Jack. — Fique calmo, big dog. Não vou me envolver com Anelise. Acho realmente o rosto dela a verdadeira perfeição, mas a considero como amiga. Talvez eu seja aquele clichê e goste de admirar uma diva de perto. No momento, meu coração é seu. Todo seu, e não é só o coração, e eu sei que você me entende.

Meu peito dói, e mesmo que internamente eu queira gritar, as palavras ficam presas na garganta. Será que Joris é um psicopata que sente prazer em brincar com as pessoas? E por que eu fui a escolhida para ser um brinquedo?

— E-então, para você eu sou só uma amiga, Joris? — Finalmente, meu pensamento escapa em voz alta. — A caridade que você dá, algum dinheiro para ajudar a família fodida? Que merda é essa?

Ao me ouvir, os dois se afastam, assustados. Em seguida, Joris me olha com os olhos arregalados, demonstrando surpresa e medo. Ele rapidamente puxa uma toalha branca e a amarra na cintura. Já Jake, atordoado, troca olhares entre nós, recolhe suas roupas e sai correndo, sem coragem de ao menos se justificar.

— A-Anelise, eu não sei o que você acha que viu, mas eu posso explicar. — Ele passa a mão pelos cabelos. — Na verdade, vamos mudar de assunto. Você está tão linda, meu amor. Vai ser a mulher mais perfeita do coquetel.

— Joris, você acha que vai me fazer esquecer tudo o que vi e ouvi com um elogio ridículo e mentiroso?

— Por favor. — Desesperado, Joris tenta se aproximar, mas dou um passo para trás, evitando qualquer toque dele. — Você me traiu, Joris. Você mentiu pra mim. Desde o começo do nosso namoro, há um ano, você me disse que gostaria de ir aos poucos, que eu era uma princesa e merecia me casar antes de descobrir como era transar. Você sequer me beijava como beijou Jake. No máximo, você roçava os lábios nos meus. Muitas vezes, você foi indiferente a mim, mesmo eu me esforçando para estar bonita. Com toda a sua falta de desejo ou qualquer aproximação considerada normal para um casal jovem, eu me senti feia. E agora, depois de tanto tempo, eu descubro a verdade. Você até gosta de se relacionar com mulheres, mas prefere as que são bem musculosas, ou seja, eu nunca fui vista realmente como uma opção. Sabe, eu não ligo para a sua escolha ou o que você faz da sua vida. Mas como você foi capaz de me enganar, brincar com os meus sentimentos e me envolver em uma teia de mentiras desse jeito? Por que me escolheu para ser sua vítima?

Ele tenta abrir a boca para falar, mas as palavras falham. Nervoso, passa a mão pelos cabelos, se embola tentando se explicar, mas cada tentativa se transforma em um novo fracasso.

— A-Anelise, por favor, você precisa entender. — Ele massageia o peito, como se estivesse prestes a ter um ataque cardíaco. — Eu não posso assumir que sou isso que você acabou de descobrir. Tenho medo da minha família. Luuk, meu padrasto, é um homem tradicional. Ele nunca aceitaria isso. E Marijke, minha mãe, teria que passar por um vexame na alta sociedade. Não consigo imaginar a reação deles se soubessem. Eu não posso arriscar perder a aprovação deles e, além disso, ainda estão em jogo os patrocinadores. Nós dois, por exemplo, temos um contrato; não podemos deixar de fazer algumas fotos mesmo que a gente termine o namoro.

— Contrato que deve valer uma fortuna e você só me passa um pouco para ajudar a minha família fodida? Joris caminha de um lado para o outro.

— Eu sei que errei na divisão de valores, mas você assinou e a multa tem que ser dividida por nós dois. E na pior das hipóteses, eu posso te ressarcir. Eu fico sem acreditar no que ouço. A cada palavra que sai da boca de Joris, sinto a raiva e a tristeza se misturarem dentro de mim, formando um turbilhão incontrolável que está prestes a explodir.

— Vai se foder, Joris.

— Você também vai se foder, estamos juntos nessa, esqueceu? — Ele se aproxima. — Ganho um bom dinheiro com a minha fama de macho e astro do esporte, e se descobrirem a verdade, tudo pode desmoronar. Eu não posso perder isso tudo, você me entende? Não posso, de forma alguma. Se você quiser, eu pago pelo seu silêncio.

A dor é tão intensa que sinto como se estivesse sendo rasgada por dentro.

— Nem tudo é dinheiro. Eu não quero ser parte de um plano ridículo; não quero ser a solução temporária que você encontrou para escapar de sua verdade.

— Puta merda, deixe de ser idiota. Não ouviu todos os meus motivos. No meu lugar, você não faria igual.

— Não. Jamais. Não sou um monstro. Joris, v-você só pensou em si mesmo. Tudo o que fez foi me usar como um escudo, enquanto escondia a verdade e se entregava a Jack. Já eu fui apenas a garota fiel e romântica. Você me fez de palhaça, e eu não posso suportar isso.

Joris, mais uma vez, abre a boca, como se fosse dizer mais alguma coisa, mas suas palavras se tornam distantes, e eu não consigo mais ouvir. Com o coração pesado, aos prantos, saio correndo do vestiário, tentando me equilibrar nos meus próprios saltos. Contudo, ao chegar na área externa do estádio, mesmo com uma tempestade caindo, corro pelo estacionamento ansiosa para chegar ao ponto de táxi ou em algum lugar que possa chamar um Uber, até que sou surpreendida por um clarão e o barulho do freio de um carro. Meu coração para por um instante e minhas pernas não me obedecem, até que o veículo para em tempo e eu finalmente vou ao chão, cedendo à fraqueza momentânea das minhas pernas.

Enquanto estou sentada no chão, a chuva me molha completamente, fazendo com que a água fria escorra pelo meu corpo, se misturando com as minhas lágrimas e aumentando ainda mais a sensação de desespero e vulnerabilidade. Mas de repente, sinto que um homem se aproxima. E, sem demora, ele se abaixa ao meu lado.

— Como você está? — Sua voz máscula e ao mesmo tempo suave transparece uma preocupação genuína. Mas eu não consigo responder; as palavras ficam presas na minha garganta. Em seguida, ele toca meu queixo e gentilmente me força a olhar para ele. E, assim que nossos olhares se encontram, fico completamente presa nos seus olhos azuis. — Por favor, diga alguma coisa.

Ele acaricia o meu rosto e o simples toque me deixa completamente arrepiada, como se um choque estivesse percorrendo meu corpo. Meu Deus. O homem à minha frente é lindo, másculo, alto, e sua presença é hipnotizante. Seus olhos, profundos e intensos, fazem meu coração acelerar, despertando uma sensação que eu não esperava sentir no exato momento de tanta vulnerabilidade.

— Anelise, onde você está? — Bem de longe, ouço a voz de Joris me chamando e isso me assusta demais. Por isso, volto minha atenção para o homem à minha frente.

— Eu preciso sair daqui, por favor, me ajude. — Imploro enquanto peço aos céus por misericórdia. Eu não tenho condições de olhar para Joris.

Em seguida, sem hesitar, ele me pega nos braços sem nenhuma dificuldade, me fazendo sentir o seu toque firme e protetor. Nos poucos segundos que fico envolta da sua proteção, o calor do seu corpo contrasta com a frieza da chuva, até que ele me coloca sentada no banco do carona, se dirige para o lado do motorista e dá a partida.

Não demora muito e logo estamos em movimento. Eu fico olhando a chuva escorrer pela janela de vidro enquanto, mesmo ao lado de um desconhecido, que facilmente poderia ser um assassino em série, eu me sinto mais segura do que ao lado de Joris.

Até que, ao chegarmos a uma esquina, ele para o veículo e, com um gesto rápido, pega um casaco do banco de trás e me entrega.

— Vista, senão você pode ficar doente.

— O-obrigada. — Assim que visto, o calor do tecido quente e aconchegante me traz um pouco mais de conforto.

— Agora me diga, o que aconteceu com você? Eu realmente me sinto bastante envergonhada, mas também estou ciente de que preciso ser sincera.

— Bem, o meu nome é Anelise De Vries. — Minha voz sai mais baixa do que o esperado, mas ele parece entender. — Acredite, após um ano de namoro, sendo tratada como se fosse um poste, sem nenhum vínculo emocional mais forte, se é que você me entende, sem sequer um beijo mais profundo, acreditando nas palavras do meu ex-namorado que dizia querer me guardar pura para o nosso casamento, acabei de descobrir que ele me traía com um colega do time. Eu o vi praticamente transando no vestiário e, para piorar, ele e o amante ainda estavam me criticando. Tantas vezes me senti feia por não conseguir fazer com que ele reagisse a alguma investida minha. — Cubro o rosto com as mãos. — Eu sei, fui muito idiota. Muito mesmo.

Ele volta a tocar meu queixo, demonstrando um pouco de empatia.

— Você não foi idiota, Anelise. Acredite. Um homem, quando quer enganar, ele consegue. Ele, pelo jeito, perdeu a chance de ter uma mulher linda e incrível ao lado. Um sorriso tímido surge em meu rosto; eu não consigo controlar.

— Obrigada, mas é difícil acreditar.

— Pois acredite, você é linda. Muito linda. E a propósito, o homem que está na sua frente, sem conseguir parar de te elogiar, se chama Diederik Van Der Meer.

— É um prazer te conhecer, Sr. Van Der Meer. — O que ele tem que consegue me deixar tão à vontade?

— O prazer é meu. — Ele faz uma pausa na fala e olha para mim com muita atenção. — Para onde devo levá-la?

Penso por alguns segundos.

— E-eu não quero voltar para casa e preocupar os meus pais. — Meus pais definitivamente ficariam arrasados ao descobrir toda a verdade por trás do namoro que eles nunca aprovaram. — Pensei em ir a algum pub para beber algo. Mas não quero te atrapalhar. Você estava no estádio e, pelo local em que nos encontramos, tudo indica que estava chegando para o coquetel pós-jogo, estou enganada?

Diederik verifica as horas em seu relógio de pulso.

— Eu ia fazer uma surpresa, mas a pessoa nem sabe que eu ia. Então, posso te levar a um pub. Contudo — ele me observa — você precisa se aquecer. Não sei em que pub tem uma lareira ou um aquecedor mais potente. Você conhece algum lugar?

Se ele soubesse que raramente saio para me divertir, não ia me perguntar isso.

— Não faço ideia.

— Mas na minha casa tem. — Meus olhos se arregalam. Fico surpresa com o convite, mas também tenho medo. — E lá em casa também está minha tia, uma senhora de 60 anos que faz uma comida deliciosa, e você pode compartilhar sua localização com sua família e amigos.

Fico um pouco em silêncio, pensativa, avaliando os riscos que estou prestes a correr. Então, digo:

— De qualquer forma, já estou correndo risco por estar em seu carro, não é?

Ele sorri e, sem perceber, captura ainda mais o meu olhar.

— Não está correndo risco algum, porque não sou um psicopata. Mas você não deve gastar a sua sorte entrando em outros carros de desconhecidos. — Mesmo com um tom leve, ele fica um pouco sério.

— Eu sei. Não sou imprudente. Nunca fui.

— Eu imagino e estou pensando aqui no quanto você está decepcionada para preferir se arriscar com um estranho do que ficar e conversar com quem tanto te magoou.

As palavras de Diederik traduzem justamente o que estou sentindo. Eu definitivamente aceitaria tudo com um estranho, mas não suportaria me submeter à presença de Joris. Olhar para ele machuca e muito. Ele foi meu primeiro namorado. Por conta disso, uma onda de emoções me invade, e lágrimas se acumulam em meus olhos. Até que uma escapa e desliza pelo meu rosto. Diederik não demora a limpar o local usando o polegar.

— Eu aceito a sua companhia, Sr. Van Der Meer. E a comida deliciosa da sua tia também, confesso que estou faminta.

Ele me passa um sorriso e também me dá uma piscadela.

— Deixe comigo, Srta. De Vries. Vou salvar a sua noite.

É a minha vez de sorrir.

— É o que espero.

 

[1] Cachorrinho.

[2] Meu cachorrão.

 

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